Ao contrário do que muitas pessoas pensam, a tradição do Halloween não é Americana, mas sim Celta. Sim, as suas raízes estão mesmo num antigo festival celta de Samhain (pronuncia-se ‘souen’ e significa ‘o fim do verão’), realizado para celebrar a chegada do novo ano, a 1 de novembro.
Este dia marcava assim o fim do verão e a colheita e o início do inverno escuro e frio, época do ano frequentemente associada à morte.
Os celtas – que viveram há mais de 2.000 anos, principalmente na atual Irlanda, Reino Unido e norte da França – acreditavam que, na noite anterior ao ano novo, a fronteira entre o mundo dos vivos e dos mortos se tornava muito ténue.
Além de causar problemas e danificar as plantações, eles acreditavam que a presença dos espíritos do outro mundo tornava mais fácil para os druidas, ou sacerdotes celtas, fazerem previsões sobre o futuro. Para um povo totalmente dependente do volátil mundo natural, essas profecias foram uma importante fonte de conforto durante os longos e duros invernos.
Para comemorar o evento, os druidas faziam enormes fogueiras sagradas, onde as pessoas se reuniam para queimar colheitas e entregar animais como sacrifícios às divindades celtas. Durante a celebração, usavam fantasias, que normalmente eram cabeças e peles de animais, e tentavam adivinhar a sorte uns dos outros.
Os celtas entendiam também que, assim como a natureza ‘morria’ para o inverno, o homem também poderia acabar com velhos comportamentos para que novos (e melhores) pudessem surgir.
Hoje em dia, a verdadeira essência do Samhain perdeu-se. Porém, podemos aproveitar para nos reunirmos com amigos e celebrar a vida.
