A experiência de uma vida universitária fora do país de origem não será completa se não conheceres e vivenciares a cultura do país onde vais residir e estudar. Se estás a estudar fora do teu país, é possível que tenhas de passar a quadra natalícia no país onde te encontras a estudar devido ao teu calendário de aulas, aos exames, ou mesmo por razões financeiras. Por isso, se optaste por viver em Portugal e vais passar cá o Natal, terás uma boa oportunidade para aprofundar o teu conhecimento da cultura portuguesa e viveres uma tradição muito especial da mesma – o Natal.
Tradições de Natal
O presépio
Portugal é um país maioritariamente católico, por isso o presépio assume um papel muito importante na vivência da quadra natalícia. Os Portugueses tanto o montam em casa, em família, no início de dezembro, como todas as cidades, vilas e aldeias têm um numa das suas praças principais. Em ambos os casos, permanecem montados e ocupam um lugar de destaque durante toda a quadra natalícia, só sendo desmontados depois do Dia de Reis, a 6 de janeiro.
Montar um presépio poderá ser uma boa atividade para fazer em conjunto com amigos mas não poderá ser um presépio qualquer… Em Portugal, um presépio como deve ser tem musgo na sua base. E, para isso, é preciso ir ao campo recolher musgo – uma boa atividade de fim-de-semana -, ou, sendo mais pragmático, poderás comprar musgo nas feiras ou nos mercados.
Em 2013, Portugal entrou para o Guiness, o livro dos recordes, por ter o maior presépio em movimento do mundo com 7500 peças, ultrapassando o México. Foi construído pelo município de Santa Maria da Feira, que se situa no norte de Portugal, na área metropolitana do Porto.
Montar e decorar a árvore de Natal
A árvore de Natal é obrigatória em todas as casas portuguesas e a sua montagem e decoração é usualmente feita em família, constituindo um momento familiar importante que marca o início da celebração do Natal. É uma tradição importada da Alemanha e, segundo reza a história, este costume setentrional foi trazido para Portugal no século XIX, quando D. Fernando II, de ascendência germânica, casou com D. Maria II e o introduziu na corte portuguesa. É uma tradição que pouco ou nada está relacionada com o nascimento de Cristo, remontando ao tempo de outros deuses, esses pagãos. Celebra um nascimento, sim, mas do Sol, que, a partir do final de dezembro, deixa de decrescer para voltar a dar mais horas ao dia, subtraindo-as à noite. Comemora-se a data cósmica do solstício de inverno.
A decoração da árvore de Natal era feita, já em tempos remotos, por pequenas alumiações e objetos redondos, numa clara alusão ao Sol, hábito que perdurou até hoje. Era também frequente ver frutos pendurados nos galhos, como nozes e maçãs pintadas, num gesto simbólico para evitar a esterilidade da terra. Para além das famílias, também as cidades montam árvores de Natal. Lisboa inaugura usualmente a sua árvore do Terreiro do Paço no fim de novembro. Com o presépio e a árvore de Natal celebram-se dois nascimentos, isto é, dois natais: o de Cristo e o do Sol. E a montagem de ambos são atos familiares ou de grupo (de amigos), de união, partilha e convivência, que poderás fazer com os teus amigos e colegas, para celebrar o espírito desta quadra.
A Noite de Natal
Na véspera e no dia de Natal vive-se um ambiente festivo e os momentos mais importantes são os que reavivam o espírito de comunhão, unindo a família, confraternizando e celebrando um tempo de paz e amor.
Consoada
Tradicionalmente, as famílias reúnem-se no dia 24 de dezembro e à mesa do jantar servem-se pratos de bacalhau. Dependendo da região do país, existem outros tipos de pratos que fazem também parte da tradição portuguesa, como o peru assado ou o polvo. Para a sobremesa, não pode faltar o Bolo-Rei, recheado com frutas cristalizadas, nem os deliciosos fritos tradicionais – as filhoses, os sonhos, os coscorões, as azevias e as rabanadas (ou fatias douradas) – ou as broas (de milho, de mel entre outras). É igualmente tradição comer-se frutos secos como nozes, castanhas, amêndoas, pinhões e passas.
A missa do galo
À meia-noite de dia 24, celebra-se a missa do galo e nas igrejas, tal como em casa, há um lugar especial para o presépio. Em Lisboa as principais e mais emblemáticas missas do galo têm lugar na Sé Patriarcal de Lisboa e na Basílica da Estrela, mas são igualmente celebradas missas em outras igrejas nas várias paróquias de Lisboa.
A troca de presentes
A troca de presentes é feita, por norma, à meia-noite de dia 24, ou seja, na passagem de dia 24 para dia 25. Existem ainda famílias que apenas abrem os presentes na manhã de 25. A tradição é deixar um sapato ou pantufa de cada membro da família junto à lareira ou debaixo da árvore.
O Dia de Natal
O Dia de Natal é, por excelência, o dia da família, prosseguindo o espírito de união, confraternização e partilha da noite anterior, sempre à volta da mesa. Tradicionalmente, o prato principal deste dia era o Perú Assado no forno mas hoje em dia já é igualmente consumido na Consoada.
O Dia de Reis
O Dia de Reis, também conhecido como Festa da Epifânia, é celebrado no dia 6 de janeiro, ou melhor já na noite de dia 5 para 6. Esta celebração católica está associada à tradição natalícia, que diz que os três reis magos – Belchior, Baltazar e Gaspar – visitaram o Menino Jesus na noite de 5 para 6 de janeiro, levando-lhe como presentes ouro, incenso e mirra. Segundo a tradição, a família deve voltar a reunir-se para celebrar o fim dos festejos da quadra natalícia. Na Noite de Reis voltamos a deliciar-nos com o bacalhau com batatas cozidas, o Bolo-Rei e outras iguarias do Natal.
As Janeiras
Dia 6 de janeiro é igualmente o dia em que se cantam as Janeiras. Trata-se de uma tradição antiga mas que ainda tem lugar em algumas vilas e cidades. Na rua ou em monumentos e igrejas, ouvem-se estes cantos tradicionais para desejar votos de um Bom Ano. Grupos de amigos juntam-se e vão pelas ruas, de casa em casa, batendo nas portas e cantam algumas músicas com o objetivo de receberem doces, vinho ou dinheiro. Em Lisboa, grupos de música tradicional muitas vezes vão cantar as Janeiras ao Presidente da República, no Palácio de Belém. No dia seguinte ao Dia de Reis, todos os enfeites, árvores de Natal e presépios começam a ser desmontados, nas casas das famílias e nas cidades.
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